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Amália Rodrigues (1920-1999) foi a fadista que levou o Fado além-fronteiras e que o tornou mais global, e a sua casa em Lisboa, onde a artista viveu durante 40 anos, desde os anos 50 do século XX, foi transformada em museu em 2001, mantendo o seu ambiente original.

Durante a visita, que começa no hall de entrada - onde é possível admirar azulejos do século XVIII, mobiliário dos séculos XVII, XVIII e XIX ou o icónico retrato de Amália, pintado por Luís Pinto Coelho – e que passa pela sala de jantar, pela sala de estar, pela cozinha, pelos quartos, pelo closet e pela biblioteca, é possível perceber o estilo de vida de Amália Rodrigues, assim como a adoração que os seus fãs tinham e têm por ela.

Entre paredes decoradas, uma mesa posta com loiças da Companhia das Índias, uma guitarra do século XIX e os seus famosos vestidos e joias, compreendemos que este é um dos poucos museus onde tudo é original. Todos os talheres, todos os tapetes, todos os pares de sapatos, todas as caixinhas de chá, todos os detalhes… é tudo original. Tudo o que está nesta casa pertencia, realmente, a Amália Rodrigues e ainda que nem tudo esteja visível (como as joias mais preciosas, que não fazem parte da exposição), as diferentes divisões (salvo raras exceções) estão exatamente como Amália as deixou.

Amália era uma mulher do mundo e a exposição permanente da Casa-Museu retrata-a muito bem, incluindo uma cronologia com todos os momentos importantes da sua vida e uma sala inteiramente dedicada aos seus galardões e condecorações.

Para uma perceção realista da vida da grande Amália Rodrigues, esta é uma visita imprescindível.

Dica Cool: O Jardim da Amália está aberto ao público. Mesmo que já tenha visitado a casa, pode sempre parar para beber um café nesta área tão bonita (com a companhia do Xico, o papagaio!) ou para assistir a um espetáculo de Fado no Jardim, uma iniciativa que acontece duas vezes por semana neste espaço.