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Lisboa Inteira... Numa hora?

Antes que se questione, caso não conheça a cidade, se Lisboa é assim tão pequena - não, não é. É um mundo. Aliás, Lisboa parece ter dentro dela tantas cidades, cada qual com uma personalidade tão única e original, que esquecemos nos nossos passeios que continuamos ainda em Lisboa.

E vou-lhe aqui apresentar um truque simples, mas mágico. Acessível a todos, mas ultrassecreto. A receita para poder ver toda a cidade de Lisboa num espaço de tempo tão curto quanto uma hora! E não, caro leitor, não sou prima do Flash. Nem lhe peço superpoderes a si. Na verdade, vai ficar surpreendido com a modéstia da minha sugestão.

Drumrolls please!

Admire Lisboa inteira, em menos de uma hora,… viajando para Cacilhas!

O ferry é uma viagem que promete uma verdadeira delícia, sobretudo na parte da manhã, com o dia pela frente e um sol bem alto, a acompanhar o fresco das pequenas ondas. Ele viaja do Cais do Sodré, destino a Cacilhas. A viagem é expedita, por isso esteja presente no momento - não se distraia.

Se apanhar um barquinho sem tejadilho no andar superior, entre logo na pressa para conseguir um lugar. A ponte 25 de Abril é outra fruta dessa óptica.

À chegada, vai-se sentir de imediato transportado para o mundo de Hemingway. De um lado um enorme farol e da Fragata D. Fernando II e Glória, uma beldade que mete respeito! Daqui já poderá assistir a uma paisagem plena, luminosa e cheia de alma que é Lisboa, de uma ponta à outra.

Mas há melhor, vou-lhe contar. E por favor sinta-se privilegiado, caro leitor, pois de Cacilhas só falo aos amigos (muito) bons, merecedores de experiência tão bonita: do lado oposto do farol, à direita da saída da estação, encontrará na esquina uma marisqueira (como tinha de ser) e um passeio mais estreito estende-se comprido, junto ao Tejo. A Rua do Ginjal. Siga por aí e sempre em segurança. O pavimento não é de fácil manutenção e ainda é capaz de levar com um anzol de pesca senão estiver atento aos pescadores locais! Mas tudo em boa fé, continue sempre em frente. Também não há muito mais por onde ir… a não ser que venha preparado para uma simpática natação ribeirinha.

À sua esquerda vai passando uns armazéns industriais abandonados (vintage?) e à sua direita é acompanhado pela enorme paisagem lisboeta. Tão grande que parece não caber nos olhos, e por isso tem de se guardar sempre uma parte no coração.

Chegou ao destino da minha sugestão quando tiver olhos num pequeno areal e nos dois cafezinhos, quase sempre lotados, o Ponto Final e o Atira-te ao Rio. Títulos e estilos mais do que adequados à essência local. Só de partilhar consigo este cantinho tão especial tenho uma vontade imensa de lá estar, acredite!

Pode ficar por aqui, mas outra boa ideia é levar consigo uns comes e bebes para um pequeno piquenique. Continue o caminho pedonal.

Cruzando-se com uns gatinhos residentes, fofíssimos, vai encontrar um relvado de um verdinho fresco e cheio de luz a chamar por si - o Jardim da Boca do Vento. E não lhe vai resistir. Sente-se ao sol, ou na sombra das árvores no verão, e deixe-se absorver pela vista, pelos cheiros, pela calma. Uma eleição para o momento, para as almas mais musicais? “O Barquinho” de Nara Leão.

Faça então o favor de subir o Elevador da Boca do Vento (se estiver aberto, nunca se sabe bem, e por um pequeno preço) para um usufruto em altitude, no topo do qual poderá relaxar na esplanada com um expresso quentinho ou um copo de rosé, sobre o estuário. Aqui em cima já se encontra na chamada “Almada velha”, mas charme não lhe falta.

Pode querer aproveitar a estadia no lado sul do Tejo para visitar o nosso Cristo Rei. Aqui já não estamos a olhar e o relógio, e recomenda-se uma viagem de autocarro 101 a partir da estação rodoviária, situada em frente à estação fluvial. Vale a pena a viagem? Muito.

Monumento erigido em honra do Cristo Redentor brasileiro depois de uma visita e por ordem Cardeal-Patriarca de Lisboa, Dom Manuel Gonçalves Cerejeira, ao país irmão. Veio simbolizar, na intenção de construção em 1936, um voto para a não participação de Portugal na WWII. Além da neutralidade de Portugal, hoje podemos agradecer por uma bela vista!

De lá, admiramos não só o concelho mas todo o distrito de Lisboa, e a 133 metros de altura acima do rio. “Deus é Amor” assim cita no topo da estátua em todas as línguas. Não só expressando o sentimento que esta vista deslumbrante nos inspira, como representando os povos de todos os cantos do mundo que Lisboa acolhe sem fronteiras. Lisboa é amor.

*Fotografias: Carolina Correia.

 

SOBRE A CAROLINA CORREIA

Criativa de dia e Yogi à noite. Apaixonada pelas ruas, pessoas, casas, cheiros e sabores de Lisboa! A Carolina é a aquela pessoa que nunca se cala sobre como Lisboa é linda, colorida, fantástica, diversificada, radiante, mágica... estão a ver onde onde queremos chegar? Acompanhem os seus passeios pela cidade no Instagram.

 

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