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Lançamento do livro de poesias "Um objeto cortante"

Terça, 22 Outubro

Escritora luso-brasileira Alexandra Maia lança livro de poesias em Lisboa
“Um objeto cortante”, editado pela Gato Bravo, também foi apresentado durante o Folio Festival, em Óbidos

Portuguesa de família (a mãe nasceu no Porto e o avô paterno, em Coimbra), Alexandra Maia prepara-se para voltar às origens como autora. “Um objeto cortante”, o seu segundo livro de poesias, será lançado no dia 22, na Livraria da Travessa, em Lisboa. O livro também teve um evento de lançamento no dia 20 de outubro, no Festival Literário Internacional de Óbidos, o Fólio.

“Tenho primos no Porto e em Lisboa e cresci ouvindo histórias de Portugal. Conheci Lisboa com 20 anos e me apaixonei. É o único lugar no mundo em que eu me sinto à vontade. Ando pelas ruas da cidade e me reconheço nas caras das pessoas. Penso que podia ser uma tia ou uma avó. É muito reconfortante”, diz Alexandra, que nasceu e cresceu no Rio de Janeiro.

Além dos laços familiares, a estreia no mercado literário português tem um gosto especial por outro motivo.

“Lançar um livro de poesia na terra de Fernando Pessoa, Sophia de Mello Breyner e Eugénio de Andrade é uma honra. Porque eu li e reli esses poetas milhares de vezes. Eles fazem parte da minha formação como poeta”, declara-se a autora.

“Um objeto cortante”, editado pela Gato Bravo, chega às livrarias portuguesas antes de ser lançado no Brasil e 20 anos depois do primeiro livro de poesias de Alexandra Maia, “Coração na boca”.

“Precisei viver outras coisas para lançar esse segundo livro”, explica a escritora, que dessa vez escreveu sobre o amor e a falta dele. “Não só o amor pelo outro. Também pela solidão, pelo escrever, pelo tempo, pelas pessoas que me rodeiam. E é também um mergulho. Há um poema logo no início (“Depois”), que fala sobre o que é mergulhar em si e, de dentro, entender as pérolas que os poemas são”, afirma Alexandra, que recebeu elogios pela obra do poeta angolano Ondjaki e da premiada poetisa brasileira Adélia Prado.

LANÇAMENTO DE “UM OBJETO CORTANTE” EM PORTUGAL
22 de outubro, às 18h30, na Livraria da Travessa
Casa Pau-Brasil - Rua da Escola Politécnica, 46 - Lisboa
Apresentação: António Carlos Cortez

SOBRE O LIVRO
Em “Um objeto cortante”, segundo livro da poeta Alexandra Maia, a força do feminino modela as palavras e as transforma em faca. Faca que corta, certeira, faca que rabisca imagens com a delicadeza necessária para colocar o leitor em um fio suspenso, equilibrado pela autora com mestria. Alexandra é íntima das palavras, faz delas corpo robusto, encarando a vida em sua complexidade, entre proximidades e distâncias intensas.

Os poemas do livro são de uma leitora sagaz e inventiva. Alexandra se apropria da tradição poética brasileira e a adapta à realidade da própria escrita, mantendo a seu modo, força e delicadeza. Ecos de Adélia Prado e Carlos Drummond de Andrade, entre outros, embalam a sonoridade que nos faz passar as páginas. O corpo de mulher dança. Ela convida os poetas para seu giro e, com eles, o leitor entra na roda.

“Alexandra, você encontrou uma dicção própria.
Seu livro me deu prazer e admiração. É muito bom.” Adélia Prado

“um objecto corta, entre margem de sorriso e margem de nervo, a nossa paz de ler
sem sermos tocados. aqui os objectos escritos, descritos, falados, propostos –
tocam. e pode doer.” Ondjaki

SOBRE A AUTORA

ALEXANDRA MAIA nasceu no Rio de Janeiro, é poeta, produtora de cinema e teatro. Formada em jornalismo, pouco exerceu de seu ofício. Alexandra é múltipla no que faz, mas seu maior amor é a literatura. Tem dois livros publicados: “Coração na Boca” (Editora Sette Letras, 1999) e “100 Anos de Poesia – Um Panorama da Poesia Brasileira no Século XX” (com Claufe Rodrigues, O Verso Edições, 2000). E participou do coletivo de contos “Tertúlia” (Imã Editorial, 2012), e da coletânea de poemas “Ver o Verso - em mãos” (O Verso Edições, 2000), livro do grupo Ver o Verso. Aliás, Alexandra ama recitar poesia. Produziu e participou do recital de poesia “Ver o Verso” com os poetas Mano Melo, Claufe Rodrigues e Pedro Bial. Durante três anos, o grupo O Ver o Verso se apresentou quinzenalmente no Rio de Janeiro e em diversas cidades do país.

Para o teatro, escreveu (com Ludmila Rosa) e produziu a peça “A menina do dedo torto”. Como atriz, trabalhou com diretores como Antunes Filho, Luis Fernando Lobo, Moacyr Góes e Marco Antônio Braz.

No cinema, como produtora, coordenou o lançamento dos filmes “Órfãos do Eldorado” (Guilherme Coelho), “Nelson Freire” (João Moreira Salles), “Edifício Master” (Eduardo Coutinho), “Paulinho da Viola - Meu Tempo é Hoje” (Isabel Jaguaribe), “Fala tu” (Guilherme Coelho), “Onde a Terra Acaba” (Sérgio Machado), “Entreatos” (João Moreira Salles) e “Peões” (Eduardo Coutinho). Trabalhou na produção executiva dos filmes “Cidade Baixa”, de Sérgio Machado, e “Linha de Passe”, de Walter Salles. E ainda como assistente de direção dos filmes “O primeiro dia”, de Walter Salles e Daniela Thomas, e “Onde a terra acaba”, de Sérgio Machado.

Quando?

Terça, 22 Outubro de 2019
Das18:30 às 20:00

Onde?

Livraria da Travessa - Rua da Escola Politécnica, 46 - Lisboa
1250-096 Lisboa